Mostra Alain Resnais: O Revolucionário Discreto é parecida com a Retrospectiva Alain Resnais - A Revolução Discreta da Memória que ocorreu em 2008.
Apresentação
Neste dia 3 de junho de 2013, o francês Alain Resnais completa 91 anos de idade e segue dirigindo filmes na condição de um dos mais importantes, prestigiados e originais cineastas em atividade. Aproveitando a ocasião, o CINUSP Paulo Emílio, em parceria com a Cinemateca da Embaixada da França no Brasil, apresenta uma mostra em homenagem ao realizador, na qual estão reunidos dez de seus mais importantes longas-metragens, além de cinco dos curtas-metragens que dirigiu no início de sua carreira e de um documentário sobre sua vida e obra, produzido pela televisão francesa em 1980.
Nascido em 1922 na cidade de Vannes, Resnais cursou montagem e edição na famosa escola do IDHEC, realizou experimentos com uma câmera 16mm e trabalhou como montador em filmes como Paris 1900, dirigido por Nicoles Védrès em 1947. Ao longo das décadas de 1940 e 50, seguiu realizando documentários de curta-metragem por encomenda, como Van Gogh, que lhe rendeu um prêmio na Bienal de Veneza de 1948, e Noite e Neblina, documentário sobre a máquina de extermínio nazista que causou polêmica e comoção em 1956. Conquistou definitivamente fama e prestígio com os dois primeiros longas-metragens que dirigiu, ambos marcos do cinema moderno criados em torno de investigações sobre a memória: Hiroshima, Meu Amor, de 1959, roteirizado pela escritora Marguerite Duras, e O Ano Passado em Marienbad, de 1961, escrito por Alain Robbe-Grillet, outro representante da vanguarda literária do chamado “novo romance francês”. Depois dessas obras-primas do cinema, Resnais construiu uma sólida carreira durante as décadas seguintes, mas foi reencontrar o prestígio simultâneo do público e da crítica apenas no final dos anos 1990, com Amores Parisienses, e no início dos anos 2000, como Medos Privados em Lugares Públicos, duas comédias românticas de costumes de grande sucesso nas bilheterias e multipremiadas em festivais ao redor do mundo.
Artista de fundamental importância para a formação do chamado cinema moderno, precursor da Nouvelle Vague e grande inovador da linguagem cinematográfica, Resnais manteve uma postura discreta em relação às suas ideias e sua vida particular, permitindo que sua obra fosse a expressão acabada de sua proposta estética. Ainda em atividade, o diretor continua transgredindo dogmas e fórmulas pré-concebidas do cinema narrativo e comercial, sem qualquer sinal de cansaço ou comodismo, em filmes que continuam sendo ousados na forma e instigantes no conteúdo. Esta retrospectiva permite uma oportuna revisão da obra de um dos mais importantes cineastas vivos, com grande parte dos filmes exibidos em cópias de 35mm, tal como originalmente concebidos. Grátis.
Programação
Segunda 3 de junho
16h As Estátuas Também Morrem (1953, 35mm, p&b, 29’)
16h Guernica (França, 1951, 35mm, p&b, 13’)
16h Noite e Neblina (França, 1955, 35mm, cor/p&b, 32’)
16h Toda a Memória do Mundo (França, 1956, 35mm, p&b, 22’)
19h Hiroshima, Meu Amor (França/Japão, 1959, 35mm, p&b, 90’)
Terça 4 de junho
14h Meu Tio da América (França, 1980, 35mm, cor, 125’)
16h Eu Te Amo, Eu Te Amo (França, 1968, 35mm, cor, 91’)
19h Muriel (França/Itália, 1963, 35mm, cor, 115’)
Quarta 5 de junho
16h O Ano Passado em Marienbad (França/Itália, 1961, 35mm, p&b, 94’)
19h Stravisky ou o Império de Alexandre (França/Itália, 1974, 35mm, cor, 115’)
Quinta 6 de junho
14h O Canto do Estireno (França, 1958, 35mm, cor, 14’)
14h Uma Abordagem de Alain Resnais, um Revolucionário Discreto (França, 1980, cor, digital, 58’)
16h Amores Parisienses (França, 1997, 35mm, cor, 120’)
19h Meu Tio da América (França, 1980, 35mm, cor, 125’)
Sexta 7 de junho
16h Ervas Daninhas (França/Itália, 2009, 35mm, cor, 104’)
19h Medos Privados Em Lugares Públicos (França/Itália, 2006, 35mm, cor, 120’)
Segunda 10 de junho
16h Muriel (França/Itália, 1963, 35mm, cor, 115’)
19h O Canto do Estireno (França, 1958, 35mm, cor, 14’)
19h Uma Abordagem de Alain Resnais, um Revolucionário Discreto (França, 1980, cor, digital, 58’)
Terça 11 de junho
14h As Estátuas Também Morrem (1953, 35mm, p&b, 29’)
14h Guernica (França, 1951, 35mm, p&b, 13’)
14h Noite e Neblina (França, 1955, 35mm, cor/p&b, 32’)
14h Toda a Memória do Mundo (França, 1956, 35mm, p&b, 22’)
16h Vocês Ainda Não Viram Nada! (França/Alemanha, 2012, 35mm, cor, 115’)
19h O Ano Passado em Marienbad (França/Itália, 1961, 35mm, p&b, 94’)
Quarta 12 de junho
16h Hiroshima, Meu Amor (França/Japão, 1959, 35mm, p&b, 90’)
19h Amores Parisienses (França, 1997, 35mm, cor, 120’)
Quinta 13 de junho
14h Eu Te Amo, Eu Te Amo (França, 1968, 35mm, cor, 91’)
16h Medos Privados em Lugares Públicos (França/Itália, 2006, 35mm, cor, 120’)
19h Ervas Daninhas (França/Itália, 2009, 35mm, cor, 104’)
Sexta 14 de junho
16h Stravisky ou o Império de Alexandre (França/Itália, 1974, 35mm, cor, 115’)
19h Vocês Ainda Não Viram Nada! (França/Alemanha, 2012, 35mm, cor, 115’)
Local
Rua do Anfiteatro, 181 | Colméia - Favo 04 | Cidade Universitária - Butantã - São Paulo/SP
Site oficial da mostra para mais informações - http://www.usp.br/cinusp/
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